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domingo, 22 de maio de 2016

AMAZÔNIA. NOTÍCIAS-22-05-16

O FINANCIAMENTO DO GOVERNO DE NICOLAS MADURO PELA PRESIDENTA  DILMA: VERDADE OU POTOCA?

Circula em memes e post no Facebook informações de que a Presidenta Dilma financiava o governo de Nicolas Maduro. 

Ante essa situação, fiquei curioso em relação a isso, causando-me diversos questionamentos, os quais passo a relacioná-los.

Como seria essa ajuda que supostamente a Presidenta Dilma fornecia a Nicolas Maduro? Seria  em dinheiro ou outra forma. Neste último caso, explicite a forma? Qual seria a frequência dessa ajuda, mensal, diária, anual, ou outra? Qual o valor em reais dessa ajuda, até mesmo porque para se manter um governo como o da Venezuela, deve ser da ordem de bilhões de reais? Como esses valores eram repassados ao governo de Nicolas Maduro sem que o país tivesse conhecimento? Esses valores eram levados em maletas para o governo Nicolas Maduro? Eram transferidos por intermédio de bancos? Quais eram esses bancos?

Como ocorrem essas divulgações, as pessoas que divulgam  tais informações devem ter informações privilegiadas que a maioria da população brasileira não tem acesso. 

Como se trata de um assunto que interessa a todos os brasileiros, essas pessoas poderiam, para o bem do Brasil, divulgar essas informações com dados concretos, com fontes seguras, até mesmo para, caso sejam verdadeiras, sejam adotadas providências legais contra essa suposta ajuda.

Com a palavra, aqueles que dizem que a Presidenta Dilma financiava o governo Nicolas Maduro. Contudo, caso não sejam apresentadas as informações necessárias para confirmar de forma segura o financiamento do Governo Nicolas Maduro pela Presidenta Dilma, vou achar que se trata de achismos, como muitos que infelizmente se propagam no Facebook.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

AMAZÔNIA.NOTÍCIAS-16-05-16

GOLPE NO BRASIL: COERÊNCIA X INCOERÊNCIA

Tem sido divulgado no Facebook que os petistas, ou "petralhas" , como dizem os autores desses textos, de forma desrespeitosa, de que está havendo incoerência por parte dos petistas quando reclamam que existem, salvo engano, sete ministros desse governo interino envolvidos na Operação Lava jato. Será que esses autores têm razão?

Vamos aos fatos. Esse processo de impeachment (golpe) teve como sustentação, entre a pessoas que o defendem, de que não aguentavam mais corrupção por parte do Governo Dilma. Ou seja, como eram contra a corrupção, queriam a deposição do Governo Dilma, o que por si só, já demonstra a via errada para supostamente atender a indignação deles, uma vez que não seria por impeachment. Poderia ser aberta CPI, enviar pedido para o PGR, eleição. Menos o impeachment.

Diariamente se manifestavam, mas de forma seletiva. Atacavam ferozmente o governo federal, mas se calavam em relação ao condutor inicial do golpe, o Eduardo Cunha, contra quem já havia divulgação de fartos casos de corrupção. Então, percebi que, na realidade, essas pessoas não eram contra a corrupção, mas tinham objetivo certo, qual seja, retirar do poder, mesmo violando os preceitos constitucionais, uma governante legitimamente eleita.

Passada a etapa do golpe na Câmara dos Deputados, passou-se para o Senado, onde o relator foi o Senador Anastasia do PSDB, ou seja, do mesmo partido que mais lutou para retirar a Presidente Dilma do governo, desde o momento em que foi derrotado na eleição presidencial. Esse mesmo partido que contratou por R$45 mil os serviços de Janaína Paschoal para elaboração de parecer sobre o impeachment.

Pois bem, eis que a Presidente Dilma foi afastada de suas funções por 180 dias. Então, o governo interino assumiu e nomeou sete ministros mencionados na Operação Lava jato. Então, para se cobrar coerência daqueles arautos da moralidade, não somente os petistas, mas outros segmentos da sociedade reclamaram. Pois se o motivo do golpe seria para moralizar o país, os primeiros a não aceitar que esses sete ministros assumissem, seriam aqueles que se diziam contra a corrupção. Mas não. Se calaram, da mesma maneira como se calaram em relação ao Eduardo Cunha, numa demonstração de indignação seletiva.

Agora, quando petistas pedem coerência por parte dos arautos da moralidade, exigindo que esses ministros deixem o governo, aqueles que se diziam contra a corrupção, que queriam moralizar o país, começam a falar que há incoerência por parte dos petistas. Pode isso Arnaldo?




sábado, 14 de maio de 2016

AMAZÔNIA. NOTÍCIAS - 14-05-16

BRASIL: O GOLPE EM ANDAMENTO. A DEMOCRACIA SANGRA

O golpe que teve início com o Eduardo Cunha, quando, de forma clara, lhe foi negado apoio pelo PT para livrá-lo do processo de perda de mandato no Conselho de Ética, em retaliação, aceitou a proposta de Impeachment realizada por Hélio  Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Junior .

A aceitação já teve inicio com desvio de finalidade e com abuso de poder por parte de Eduardo Cunha, que mais tarde teve o mandato suspenso pelo Teori Zavascki, que, em resumo, disse que Eduardo Cunha não tinha condições morais mínimas  para exercer tão relevante cargo público.

A votação do relatório na Câmara dos Deputados foi um circo de horrores, com políticos envolvidos em corrupção dizendo que votavam contra esse mal que aflinge a sociedade brasileira. No entanto, um ou outro, disse que votava porque achava que Dilma havia cometido crime de responsabilidade, o que não aconteceu, como de forma magistral o José Eduardo Cardoso pode esclarecer.

Essa votação era justamente para se dizer se haviam indícios do cometimento de crimes de responsabilidade e, mais de setenta por cento dos que votaram nada falaram a respeito disso. Falava -se em corrupção na Petrobras, nos problemas da economia, no número de desempregados, em conjunto da obra, mas nada, absolutamente nada sobre crime de responsabilidade, que é pressuposto essencial para um impeachment, sob pena de se cometer um golpe institucional contra Dilma. Ou seja, a votação não analisou o que deveria ser analisado:houve ou não crime de responsabilidade.

Vencida a etapa na Câmara dos Deputados, o resultado foi encaminhado para o Senado. Por mais absurdo que possa parecer, o relator escolhido foi o Anastasia, do PSDB, que pagou R$45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) para Janaína Pascoal elaborar parecer sobre o impeachment. Ou seja, quem pediu o parecer para o impeachment, relatou o processo no Senado. O PSDB, o partido que mais desejava o afastamento da Dilma, juntamente com o PMDB, relata o processo no Senado. Há possibilidade de outra solução, que não a aceitação da denúncia?

No Senado, o José Eduardo Cardoso, mais uma vez, de forma magistral, demonstrou cabalmente a inexistência de crime de responsabilidade, mas como a oposição tem a maioria, o relatório foi aprovado.

Percebe-se, nitidamente, que estão sendo violados o direito da ampla defesa e do contraditório, devido a parcialidade do relator Anastasia, que já tinha um posicionamento prévio, que é o do PSDB, do seu mentor Aécio Neves.

Mais uma vez, a votação, em grande parte, falava-se em corrupção na Petrobras, desemprego elevado, conjunto da obra, que nada tem a ver com crimes de responsabilidade, que é o que se deve analisar neste processo. Se tem problema na Petrobras, que se abra uma CPI, que se encaminhe para o STF; se não se gosta do governo, que se troque por meio de eleição, que é uma das ferramentas previstas na constituição. Agora,o que não se pode é destituir uma Presidente da República, sobre quem não não há dúvidas quanto a sua honestidade, que não cometeu crime de responsabilidade. Isso é golpe, ferindo de forma grave a Constituição federal de 1988. Isso não se pode admitir, sob pena de retrocesso em nossa ainda jovem democracia.

Agora, não poderei deixar de falar sobre algo que ainda  nada se falou: a traição de Temer em relação à Dilma. Como ele, Vice-presidente, pode tramar contra a Dilma para se beneficiar. Movimentou o PMDB para votar contra Dilma, para se beneficiar. Não se está falando de lei, mas de ética. Caso ele discordasse da Dilma e quisesse movimentar o PMDB contra ela, que antes disso renunciasse ao cargo. Agora, como aconteceu é algo extremamente reprovável, e que marcará a vida política dele para sempre. A história  registrará esse ato tão baixo dele contra quem ele devia lealdade.

A ânsia de chegar ao poder, daqueles perdedores de eleição, e daqueles que não têm votos, chegou a um ponto tão baixo, que paralisou o Congresso para evitar aprovação de medidas do Governo Dilma visando prejudicá-la, quando na realidade estavam prejudicando o país. Engessaram o governo para jogar a população contra esse governo.

Mas espero que o tempo conte a verdadeira história desse golpe nominando aqueles que o perpetraram para que sejam reconhecidos e marcados por tão vil ato.